Alvaro José

O grande tênis da baixinha

Cibulkova sorridente e com o troféu do Finals ao lado de Kerber, com sorriso amarelo
Cibulkova sorridente e com o troféu do Finals ao lado de Kerber, que mal conseguiu esconder o sorriso amarelo

A eslovaca Dominika Cibulkova deu um verdadeiro show no WTA Finals em Cingapura.

Na final, ao enfrentar a atual número 1 do ranking, Angelike Kerber, parecia que era Cibulkova que era a líder. Ignorou a adversária e, como se diz no jargão do tênis, atropelou a alemã.

Nada mal para uma estreante na competição. Pressão, ora. A vitória na competição já a coloca como a quinta melhor do ranking da WTA. Também uma posição inédita na carreira da eslovaca. Nada mal mesmo…

Garanto que poucas pessoas acreditavam em Cibulkova depois das duas primeiras rodadas do WTA Finals. Afinal ela havia perdido suas duas partidas. Na estreia contra a própria Kerber por 2×1 6/7 com 5/7 no tie break, 6/2 e 3/6. No segundo jogo tomou de Madison Keys um 2×0 com parciais de 1/6 e 4/6. Ali a eslovaca estava longe de mostrar que poderia chegar lá.

Ao vencer a romena Simona Halep, Dominika Cibulkova ganhou uma sobrevida no torneio e seguiu adiante para eliminar na semifinal a russa Svetlana Kusnetsova num jogo muito difícil, depois de perder o primeiro set por 6/1.

Na final, deu um baile em Kerber, que parecia a estreante. Nervosa e querendo sacar rápido quando tinha de fazer exatamente o contrário, Angelike Kerber facilitou muito a vida da eslovaca.

Foi um final de temporada surpreendente, assim como foi todo ano. A expectativa é que no próximo ano a movimentação no topo do ranking continue, já que a alemã Angelike Kerber é uma excelente jogadora, mas não é uma número um dominante como Serena Williams, por exemplo. Caso a comparação tenha sido pesada então como Caroline Wozniacki, que quando esteve no lugar mais alto mandou muito bem.

Para ficar no topo, Angelike Kerber tem um jogo que pode deixa-la por lá seguramente, mas precisa de uma cabeça que acompanhe.

Perder uma final como o WTA para alguém que vinha com uma campanha muito mais fraca, e não conseguir reverter a situação na quadra em nenhum momento, é muito pouco para quem está como numero um do mundo.

Redação Esporte

Um dos maiores especialistas em esportes olímpicos, narrador e comentarista esportivo.

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Álvaro José

De Moscou em 1980 à Londres em 2012. Álvaro José, que já cobriu nove olimpíadas, volta à Band para integrar a equipe da emissora no Rio 2016. Professor de história, Álvaro é reconhecido por seu profundo conhecimento dos jogos e pela memória certeira que aparece durante as transmissões em forma de dados, nomes e marcas de recordes.

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