Alvaro José

Rio 2016. Brasil também foi ouro em marketing

2016 Rio Olympics - Canoe Sprint - Victory Ceremony - Men's Kayak Double (K2) 200m - Victory Ceremony - Lagoa Stadium - Rio de Janeiro, Brazil - 18/08/2016. Gold medalists Saul Craviotto (ESP) of Spain and Cristian Toro (ESP) of Spain and Bronze medalists Aurimas Lankas (LTU) of Lithuania and Edvinas Ramanauskas (LTU) of Lithuania take selfies on podium. REUTERS/Marcos Brindicci FOR EDITORIAL USE ONLY. NOT FOR SALE FOR MARKETING OR ADVERTISING CAMPAIGNS.                                                                                    Marcos Brindicci/Reuters

Além das águas, campos, quadras, areias, pistas, tatames. Também não foi no estande de tiro, onde Felipe Wu conquistou a primeira medalha dos Brasil nos Jogos, mas foi bem na mosca e foi de ouro.

“A Olimpíada é a melhor agência de propaganda que uma cidade pode ter”. A frase é do craque Washington Olivetto, um dos maiores publicitários do país. Não existe nada melhor que o maior evento do mundo para movimentar a atenção de todo o planeta e as marcas a ele ligadas.

No princípio a coisa estava tímida por conta da situação, da possibilidade das coisas não darem certo o que acabou gerando uma excessiva cautela. Quem se arriscou e entrou de cabeça se deu muito bem e ficou no topo do pódio com relação à conquista de corações e mentes. E, na maioria dos casos, foram empresas brasileiras.

Sim, isso mesmo. Os patrocinadores locais ativaram muito mais que os globais, na questão experiências, interação e ainda irão ganhar muito com isso. O Boulevard Olímpico gerou um polo fora da zona de competição que era acessível a todos que estavam no Rio e permitiu a muitos que não tinham ingressos, participassem das emoções olímpicas multiplicando o potencial do evento. Pela primeira vez isso foi feito e o legado começou ali, ainda durante os Jogos.

A sacada também do time de Olivetto foi a criação da marca BRA para o Bradesco que durante os Jogos Olímpicos e agora com os Paraolímpicos se confunde com o país. É de uma simplicidade criativa absolutamente genial que, com toda certeza, está deixando o pessoal do banco com sorriso de orelha a orelha.

Também foi a Olimpíada como o maior numero de horas na televisão. Não só aqui no Brasil. O recorde é mundial e, mais horas na tevê, mais Brasil mundo afora. Também foram os Jogos da interatividade. Os celulares foram tão protagonistas quanto os atletas e nas solenidades de abertura e encerramento tiveram papel fundamental com seus flashes. Também eram ferramentas de informação para saber o que acontecia em outros locais de competição, equipamento básico de todos os jornalistas e torcedores. Isso bem demonstra como será Tóquio 2020. Será a Olimpíada do telefone. Ali que a maioria das pessoas, no mundo todo, irá assistir e participar dos jogos. Pouca interatividade à vista né?

Ótimo saber, que mesmo depois das competições dos Jogos Olímpicos haverem terminado, o Brasil segue ganhando ouro…

Redação Esporte

Um dos maiores especialistas em esportes olímpicos, narrador e comentarista esportivo.

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Álvaro José

De Moscou em 1980 à Londres em 2012. Álvaro José, que já cobriu nove olimpíadas, volta à Band para integrar a equipe da emissora no Rio 2016. Professor de história, Álvaro é reconhecido por seu profundo conhecimento dos jogos e pela memória certeira que aparece durante as transmissões em forma de dados, nomes e marcas de recordes.

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