Vamos falar do Grande Prêmio do México, que pode definir o título mundial de 2016.
Depois do GP dos Estados Unidos, onde Lewis Hamilton venceu e chegou à sua sétima vitória na temporada, o alemão Nico Rosberg, que ficou em segundo e lidera a classificação do mundial, terá a primeira chance para conquistar seu primeiro título.
Claro que as possibilidades são pequenas, mas é a primeira vez que a definição pode acontecer, e isso já traz um novo molho para a disputa. Para ser campeão, Nico tem de vencer e Lewis não pode chegar numa posição melhor que o décimo lugar. Combinação de resultados que ainda não aconteceu na pista.
Não bastasse isso, Bernie Ecclestone, o mandachuva da F1 e seu antigo dono – não era no papel, mas exercia suas funções como se fosse o proprietário de tudo – disse que uma eventual vitória de Rosberg no Mundial é boa apenas para ele e sua equipe, a Mercedes. Já se Lewis ganhar é uma vitória importante para todo o esporte.
Bernie Ecclestone é famoso por se meter na dança das cadeiras dos pilotos, dar declarações polêmicas, cutucar montadoras que estão ou já estiveram na categoria. Ele está nisso desde os anos setenta e sempre foi assim, mesmo quando era empresário do piloto Jochen Rindt, campeão mundial póstumo em 70.
Quando Rindt estava para assinar com a Lotus, Bernie disse para ele ficar na Brabham se quisesse continuar vivo. Rindt falou que queria ganhar o campeonato e assinou. Foi campeão, mas morreu antes de completar a temporada.
Nico Rosberg, filho do ex-campeão Keke Rosberg, tem nove vitórias a seu favor e restam os GPs do México, Brasil e Emirados Árabes. Com 26 pontos de vantagem pode se dar ao luxo de correr para chegar em segundo, o que com o carro que tem é muito fácil.
O alemão deverá ser mais um campeão mundial da segunda geração de uma mesma família, assim como foram Graham Hill e Damon. Nos dois casos considero os pais melhores pilotos.
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