Alvaro José

Murray e Djokovic: o melhor do tênis nas areias do deserto

Tênis de gigantes. Isso é o que foi visto na final do ATP 250 de Doha com Andy Murray e Novak Djokovic.

O amigo que não acompanha o tênis sempre pode estranhar o que os dois melhores do ranking estavam fazendo num torneio de premiação de 250 mil dólares da ATP. A explicação é fácil: os organizadores pagam garantias aos grandes jogadores para terem participação dos melhores e, convenhamos, dinheiro não é um problema no Qatar.

O país que irá sediar a Copa de 2022 em moderníssimos estádios com ar condicionado em seus desertos com clima de quase 50 graus gastou, com toda certeza, muito mais que a premiação para ter o numero um e dois do ranking disputando seu torneio. Claro que os petrodólares ajudam.

Como cereja do bolo ambos chegaram à final, no melhor dos sonhos dos organizadores, mas não sem antes sofrerem bastante. Primeiro foi Murray que suou sangue para bater Nicolas Almagro nas quartas de final, mas o espanhol facilitou, deixou Murray ser Murray e o escocês virou o jogo. Já Djokovic, ex-número 1, saiu de nada menos que cinco match points contra na semi-final, para ganhar de outro espanhol, Fernando Verdasco, que teve três oportunidades em seu saque para fechar o jogo.

A final começou com um 6/3 de Djokovic. O sérvio não deu chances para o escocês, que só correu atrás da bola. No segundo set as coisas pareciam que iriam se repetir. Djoko tinha 5×3, mas Murray ressurgiu das cinzas e levou a parcial por 7/5 forçando o terceiro set.

Numa disputa dura muito equilibrada em que manter o saque era uma batalha, o set seguiu até o sétimo game quando Novak Djokovic conseguiu quebrar a saque de Andy Murray exatamente como havia feito no segundo set. Na parcial anterior foi a marca que determinou a reação do adversário e a conseqüente derrota na parcial.

Desta vez Djokovic não estava disposto a encarar mais uma reação e, mesmo mostrando sinais claros de cansaço, manteve a concentração e o foco até o final da parcial e fechou por 6/4 numa grande exibição.

O duelo dos dois primeiros do ranking foi mais um evento exclusivo do BandSports e encheu os olhos de todos os que gostam do esporte mostrando que a temporada de 2017 promete muito no tênis.

Redação Esporte

Um dos maiores especialistas em esportes olímpicos, narrador e comentarista esportivo.

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Álvaro José

De Moscou em 1980 à Londres em 2012. Álvaro José, que já cobriu nove olimpíadas, volta à Band para integrar a equipe da emissora no Rio 2016. Professor de história, Álvaro é reconhecido por seu profundo conhecimento dos jogos e pela memória certeira que aparece durante as transmissões em forma de dados, nomes e marcas de recordes.

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