Quando as coisas estão feias, as pessoas se ajoelham e rezam. Pedem, imploram por uma luz, um caminho, para as coisas andarem, para sair do buraco ou mesmo não cair nele.
No marketing do esporte, a utilização de ícones que fisicamente já não estão entre nós não é novidade, já que a imagem de um ídolo do esporte é altamente positiva e bons exemplos sempre estão na moda, ainda que a atitude de muitos, esportistas ou não, seja na direção contrária disso.
A McLaren, que pode disputar nesta temporada da F1 posições lá no fundo do grid junto com a Sauber, contrariando tudo o que já fez em sua história, lançou dias atrás um novo carro esporte e recorreu a seu ídolo maior para isso. Quem? Ninguém menos que Ayrton Senna. A ideia, que é muito boa, reúne frases de Ayrton, enquanto Bruno, seu sobrinho, pilota o carro pelo Autódromo de Portimão, em Portugal, país onde Ayrton conquistou sua primeira vitória em 1985, na chuva no Circuito do Estoril.
A McLaren refez sua parceria com a Honda, tão vitoriosa nos tempos de Senna, e agora comemora qualquer ponto mesmo sendo num 10º lugar. É a competência e persistência dos japoneses que, claro, irá colocar a equipe no topo novamente, mas a pergunta é: quando isso irá acontecer?
Hoje o time tem um dos melhores pilotos do grid que é Fernando Alonso, mas esse é o último ano de contrato e se tem uma coisa que move o espanhol é ganhar corridas. Ou alguém aí esqueceu a frase: “Felipe, Fernando is faster than you”, que obrigou a troca de posições no GP da Alemanha um ano após o terrível acidente sofrido pelo brasileiro – que na opinião de muitos foi o fator determinante para a queda de desempenho do brasileiro, que agora está de volta a seus ótimos dias.
Outro grande ícone ligado ao automobilismo, a marca suíça de relógios Tag-Heuer, fez um dialogo entre ninguém menos que Steve McQueen e Lewis Hamilton, então na McLaren. A cena do cultuado filme Le Mans com o ator de macacão e Hamilton sobreposto andando lado a lado foi uma linda ponte entre passado e presente.
Aqui no Brasil, Mario Filho vira e mexe colocava em suas crônicas e comentários no seu Jornal dos Sports o personagem “Sobrenatural de Almeida”, responsável por feitos extraordinários, como colocar as traves a serviço do goleiro Castilho e o morrinho artilheiro, que fazia das suas tanto para atacantes perderem gols feitos como goleiros que tomavam frangos terríveis.
Na música, um dos grandes momentos foi o dueto entre o falecido Nat King Cole e sua filha Natalie. A ajuda do pai foi poderosa e o inesquecível “Inesquecível”, ou “Unforgettable”, relançou a carreira da filha que voltou a brilhar. Tive o privilégio de ver uma das primeiras apresentações desse dueto em Itaparica no maravilhoso Citibank Open. Espetacular.
Se a McLaren vai sair do fim do grid e Alonso vai ficar no próximo ano não dá para saber, mas que Ayrton Senna irá ajudar a vender os carros esporte da marca não tenho dúvida alguma.
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