Tudo indicava mais dificuldade, apesar do jogo ser na Vila Belmiro. Sem Lucas Lima, Renato e Vitor Ferraz, o Santos perdia muito na qualidade do passe e no domínio de bola. Para vencer isso é fundamental.
Curiosamente são eles os três jogadores que lideram as estatísticas em passes certos e conexões ofensivas para o time marcar. Então, mesmo jogando em casa, os problemas não seriam poucos, mas a coisa ainda ficou pior.
A opção de Levir Culpi por Leandro Donizete no lugar de Renato, ao invés de Jean Mota, deixou o Santos previsível e com uma entrega de bola ruim após o desarme. Para quem viu Zito e Clodoaldo jogarem naquela posição, mesmo Renato, a diferença vai mais ou menos até a sonda espacial Cassini, que caiu em Saturno dia desses depois de 20 anos de missão no espaço.
Transformar um jogo de futebol em algo como EUA X Coreia do Norte quando se está perdendo também não é um bom negócio, a não ser para o outro time, no caso o Barcelona do Equador. Mesmo quando teve um jogador a mais, o Santos não teve tranquilidade para jogar e quando os equatorianos ficaram com apenas nove jogadores na expulsão dupla de Bruno Henrique e Gabriel Marques onde um cuspiu e outro devolveu.
Outra coisa do século passado foi a entrada de um zagueiro para atacar. Jogada que consagrou o Corinthians na década de 60. Quando a coisa apertava, lá ia o Ditão, beque central, para dar a cabeçada salvadora. Quando um time com jogador a mais apela para isso, fica muito mais difícil…
Sem passe, sem troca de bola, sem criatividade, sem gol. O Santos caiu porque não jogou futebol. Pegar um time de características ofensivas e de toque de bola para tentar transformá-lo numa equipe de brucutus para tentar intimidar um time que joga assim foi um erro que tirou a chance do Peixe chegar a mais uma semifinal de Libertadores.
Agora é juntar os cacos e brigar para seguir bem no Brasileirão.
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