Vamos falar do único brasileiro campeão olímpico nas piscinas: Cesar Cielo.
Depois de estar afastado das competições desde a seletiva para os Jogos Olímpicos do Rio, quando não conseguiu a classificação, Cesar Cielo anunciou que irá se afastar oficialmente das competições até “sentir saudade”.
O que significa isso, exatamente, ninguém, a não ser o próprio Cielo, sabe. Então qualquer previsão pode esbarrar num exercício ruim de adivinhação e isso não é justo com Cesar Cielo nem com o esporte.
É normal atletas terem uma exaustão das competições. Muitos dão um tempo, outros param em definitivo, outros apenas fingem que param para atuar de uma maneira mais descontraída e com menor responsabilidade. Para quem fica do lado de fora tentar entender esse processo é complicado, mas existem vários exemplos em muitos esportes.
Maior nadador de todos os tempos, Michael Phelps também deu um basta e ficou fora enquanto a cabeça, como ele mesmo dizia, não estava legal. Nesse tempo tomou vários pileques, aprontou, teve até situações em que a polícia apareceu, mas não passou nem perto de competições. De repente, do nada, voltou, participou de seletivas, classificatórias e voltou a fazer parte da equipe de natação dos Estados Unidos. Veio ao Rio e ampliou ainda mais seu recorde absoluto de medalhas. Já estava na história do esporte antes da pausa e depois dela só ampliou o seu domínio no esporte, mas viu um fã seu ganhar um dos ouros que ele, Phelps, cobiçava.
Aí está um ponto importante: a parada refresca a cabeça, mas, no caso de um retorno, traz novos concorrentes no cenário ou nas piscinas.
Cesar Cielo não precisa provar nada a ninguém. Foi campeão olímpico, mundial, recordista. Enfim, tudo o que um atleta pode ter de glórias esportivas ele, com muita justiça e esforço, conquistou. Agora quer um tempo.
Quanto isso irá durar é tão difícil definir quanto a própria palavra: TEMPO.
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