Não existe no mundo uma pessoa sequer que não se apaixona por Paris quando conhece a cidade. Absolutamente inevitável. A cidade luz inebria e toma as melhores emoções dos que a visitam.
Com o esporte a coisa ainda fica maior e, no mais charmoso de todos os torneios de tênis do circuito, aí a coisa pega de vez.
Da mesma forma que nos arrebata, Paris nos devolve emoção. Sempre potencializada, mas de forma sofisticada, com glamour. Mesmo para quem é menos suscetível a esses sentimentos.
Neste ano que termina, uma das maiores emoções proporcionadas pelo esporte foi, sem dúvida alguma, o coração parisiense desenhado por Novak Djokovic na quadra central de Roland Garros ao vencer o Grand Slam mais badalado da temporada, o único disputado no saibro, onde o tênis começou.
O gesto foi criado pelo brasileiro Gustavo Kuerten, que estava na plateia e é um grande ídolo na França por seus feitos no torneio e onde sempre é reverenciado.
Em 5 de junho na quadra Phillipe Chatrier, ao vencer Andy Murray por 3 sets a 1 e conquistar o único Grand Slam que ainda não tinha em sua carreira, Novak Djokovic repetiu o gesto de Guga, que era uma de suas recordações mais importantes do torneio e que levou quatro finais para se realizar.
Em 2012 e 2014 Rafael Nadal levou a melhor. Em 2015 foi Stan Wawrinka que fez Djoko chorar e adiar por mais um ano a conquista de sua paixão, mas neste ano o britânico Andy Murray não conseguiu tirar do sérvio seu maior objetivo na temporada: a vitória no saibro histórico de Roland Garros.
O coração parisiense desenhado na quadra surgiu em 2001 e, se demorou em voltar, veio com muita emoção, arrancando lágrimas de praticamente todos os que estavam na quadra, inclusive de Guga, a quem havia pedido autorização para repetir o gesto e todos que estavam assistindo mundo afora, pela televisão. Os jornalistas que ali estavam também não ficaram imunes.
Foi espetacular e mais uma vez demonstrou que as emoções que vem do esporte marcam profundamente mesmo aqueles acostumados às vitórias e glórias das quadras.
O coração parisiense está tatuado em cada um de nós, felizmente.
Viva o esporte!
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muito bom o artigo