Depois do período que pode ser definido como um autêntico Canto de Ossanha (vai, vai, não vai; vai, vai, não vai), a Rússia finalmente irá participar dos Jogos Olímpicos do Rio. A grande obra de Vinicius de Moraes (que dá nome a um dos mascotes olímpicos) e Baden Powell mostra um dos grandes dilemas do esporte.
Fato é que com a vinda dos russos e indo quase ao final do alfabeto, no v de vôlei temos agora a certeza de que eles desembarcarão por aqui. Desta vez sem a arma que nos levou o ouro em 2012: Dmitriy Muserskiy. O gigantesco meio de rede que na final de Londres foi deslocado para a saída e desmontou o Brasil que vencia por 2×0 está machucado e não vem para cá. Grande desfalque na acepção da palavra.
A surpresa que Vladimir Alekno causou no ginásio em Londres com a mudança tática que deu o ouro aos seus comandados não só já é conhecida como adotada por algumas equipes quando a coisa está preta. Não foram poucas as equipes que de lá para cá apertaram o botão do f para tentar mudar o panorama de jogos quase perdidos. Não foi sempre que funcionou, mesmo para a Rússia depois do ouro, mas mostrou que muito poucos conseguem se adaptar ali e desempenhar bem a função que é a do atacante que decide nas horas mais difíceis. Isso faz Muserskiy ainda mais importante para sua equipe.
Ainda na primeira divisão da Liga Mundial por uma benesse da FIVB que não deixou os russos serem rebaixados após perderem quase todas partidas do torneio ano passado, o time da Rússia desembarca na situação muito perigosa de franco atiradores. Não vem ganhando nada, nem jogando bem e estiveram quase fora dos Jogos do Rio. Aí é que mora o perigo. Mesmo sem o seu gigante. O técnico Nikola Gbric da Sérvia, vencedor da Liga Mundial deste ano coloca a Rússia como um dos favoritos ao ouro.
Os russos que não se classificaram para a fase final da Liga Mundial disputou a fase inicial da competição com uma mescla de titulares e reservas no grupo e na quadra. Alekno fez a escolha por esconder o jogo e descobrir jogadores valorizando a Olimpíada como grande objetivo.
Na Liga Mundial o Brasil passou por quase todos os candidatos mais fortes ao ouro olímpico. Itália, França, Estados Unidos foram batidos pelo time de Bernardinho, que sem dúvida alguma é um dos grandes favoritos ao ouro, mas, mesmo sem seu gigante, os russos estão chegando…
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