As máximas dizem que técnico não ganha jogo, mas como todos sabemos, perde. E às vezes, bem feio. Técnico não entra em campo, só escala o time, mas se escalar mal, lá vem piaba…
Existem muitas outras máximas, frases e lendas sobre técnicos, mas é inegável que, contra a Argentina, Tite ganhou o jogo. A forma como montou o time e como faz seus jogadores darem o melhor mostra que um bom comando faz toda diferença. Em campo e no placar.
O que dizer sobre exorcizar o fantasma do Mineirão logo contra a Argentina, num jogo válido pelas Eliminatórias e contra o maior e mais tradicional rival do Brasil? O pobre estádio e a torcida brasileira que lá estiveram para assistir à maior surra que o Brasil já levou numa Copa. Também foi a maior humilhação sofrida pelo futebol brasileiro. Inocentes estavam pagando por uma conta injusta. É como sentar no bar com alguns “muy amigos” e eles vão se levantando e deixam a conta para trás e vão logo ali na Barra ou à China.
Os jogadores também estavam pagando o pato. Imposto caro, já que o futebol faz parte do cardápio do brasileiro e de seu dia a dia. Paixão do tamanho do país que estava sendo lidada com um mau humor digno do anão zangado.
A chegada de Tite fez a Seleção descobrir que sabe jogar futebol, que depende dos fora de série, mas não de milagres, e sim de posicionamento tático, passes certos, muito treino, aplicação e alegria. Não nas pernas, mas no coração. Sem frases de efeito ou arrogância de donos da verdade, mas de união e disposição. Paixão pela camisa. Tudo isso estava em campo.
Saber separar as coisas é fundamental. Neymar deu carona a Messi e Mascherano, companheiros e amigos do Barcelona em seu avião. Em campo foram adversários, não inimigos. Neymar jogou muito, os argentinos não – e não consta que o piloto fez algum looping ou rasante para assustar os argentinos em algo que pudesse compensar a água “batizada” que Branco bebeu na Copa lá atrás.
Não foram muitas as mudanças que Tite fez no grupo de jogadores. Trouxe de volta alguns esquecidos e injustiçados pelos 7 a 1, como se não soubessem jogar futebol e não estivessem entre os melhores em suas posições no mundo. Apenas fez todos seus atletas jogarem futebol. E para o espanto de muitos, eles corresponderam!
O Brasil ganhou da Argentina muito bem. Tite fez cinco jogos no comando da seleção e seu time venceu todos, numa situação muito diferente de quando assumiu, onde a classificação era uma enorme dúvida. Mostrou coerência, talento e valor em seu trabalho. Mais que isso. Mostrou também que o Corinthians não está bem no Brasileiro mais por sua saída do que qualquer outro motivo. Tite, hoje, é uma justa e merecida unanimidade em algo que reúne opiniões tão diferentes: o futebol.
Resgatou o futebol brasileiro, o respeito pela seleção brasileira e a alegria dos jogadores em vestir a camisa do Brasil. Ajudou muito na campanha olímpica inédita ao valorizar o trabalho de Rogério Micale e não querer aparecer como o bacana na festa. Isso valeu o ouro!
Parabéns, Tite! O futebol brasileiro agradece!
Dois anos, ou 730 dias. É isso que falta para o início dos Jogos Olímpicos…
Nunca caminharam separados, ainda que antigamente as regras impedissem que as marcas, produtos e serviços…
Depois do vôlei de Osasco, que perdeu o patrocínio da Nestlé, agora é o handebol…
As semifinais da superliga mal acabaram e com elas a vem a notícia de mais…
É impossível definir a importância de Paulo Roberto de Freitas para o esporte brasileiro. Como…