Uma ótima estreia é o que se pode dizer sobre o trabalho de Tite na Seleção. O Brasil foi a Quito, na temida altitude, enfrentar a equipe que ocupava a terceira colocação na classificação geral e saiu de lá com uma vitória por 3 a 0.
Qual foi a grande diferença do time de Dunga? A Seleção apresentou um padrão de jogo, teve domínio de bola e os gols foram amadurecendo. Em nada parecia o parto a fórceps de tempos passados, nem um grid de Fórmula 1 com volantes para todos os lados.
Um time de futebol jogando para ganhar e com um esquema tático. Mudanças na convocação? Sim, mas bom mesmo foi ver a volta de gente que foi podada por ter habilidade ou independência de opinião e ficar fora. Voltaram e brilharam. Dois laterais que apoiaram durante todo o jogo e um esquema que ajudava os talentos a brilhar sem esperar os milagres das fases anteriores.
Quando a parte tática funciona, os talentos brilham e a equipe não depende de apenas um jogador para tudo. Isso foi o que se viu. Essa foi a grande diferença.
O jogo contra o Equador não foi fácil, mas o Brasil, ao vencer em Quito, quebrou três tabus: o Equador não perdia em casa desde 2009; o Brasil não vencia pelas Eliminatórias da Copa em Quito desde 1883; e Neymar, de setembro do ano passado para cá, não marcava pela seleção principal.
Gabriel Jesus, que marcou dois gols sendo um de calcanhar, Neymar, Marcelo, Daniel Alves e Philippe Coutinho foram alguns dos destaques do Brasil. Antes era duro achar alguém que tivesse ido bem.
Quando o jogo estava para terminar, Tite cumprimentou um a um os jogadores que estavam no banco. Todos estavam sorrindo e nitidamente com o mesmo objetivo. Bem diferente de antes.
Na semana que vem tem mais. O Brasil enfrenta a Colômbia na Arena da Amazônia, em Manaus, terça-feira, em busca de mais três pontos.
O futuro está garantido. A gente se vê na Copa da Rússia em 2018.
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