O Brasil começou hoje mais uma rodada da Liga Mundial, em Belgrado, na Sérvia, com derrota para os anfitriões por 3 sets a 1. Mas os olhos e a cabeça de Bernardinho estão voltados para os Jogos Olímpicos que se iniciam daqui a 43 dias.
Com um grupo ainda maior que os 12 atletas que podem ser inscritos para os jogos, o técnico brasileiro vai utilizar os jogos contra Sérvia, Irã e Bulgária para ajudar na definição de sua equipe olímpica. E a briga promete ser muito boa por uma posição no time que foi medalha de prata em Londres 2012.
A saída de Sidão, que vinha da recuperação de uma séria cirurgia no ombro, ainda tem disputa na posição de meio de rede uma vez que, normalmente, em grupos de 12, vão três atletas para a posição. Lucão é titular. Eder, Mauricio e Isac brigam pelas duas vagas restantes e todos têm jogado muito bem. Isac poderia ter uma vantagem na disputa pela última vaga, pois também poderia ser uma opção na saída de rede, já que é oriundo dessa posição, mas ali com Wallace e Evandro a posição está fechada.
Onde também vai sair alguém é na ponta que, no momento, conta com cinco jogadores na disputa: Lucarelli, Murilo, Lipe, Douglas Souza e Mauricio Borges. Lucarelli será titular absoluto; Murilo também, pelo seu jogo de quadra e experiência; Lipe sempre é uma ótima opção; e Douglas Souza, com toda certeza, estará nos Jogos de Tóquio 2020 e chegar lá com uma participação olímpica na bagagem pode ser um enorme diferencial para a equipe. Até lá tem chão, mas, no momento, os ponteiros passadores titulares em Tóquio serão Lucarelli e Douglas Souza.
No levantamento, Bruno e William têm feito uma boa distribuição de jogo, tornando o trabalho dos atacantes menos difícil, já que o bloqueio de todas as seleções melhorou nos últimos tempos. Entrosamento eles têm de sobra com os atacantes, o que lhes permite surpreender o bloqueio adversário com bolas que, por vezes, parecem impossíveis. Isso é um grande ponto a favor.
Serginho, o melhor líbero de todos os tempos, é aposta certa e vem demonstrado uma qualidade absolutamente física e técnica incomum para um atleta de sua idade, numa posição tremendamente exigente. O Rio e o mundo devem assistir a um show deste símbolo do voleibol. O bom Thiago Brendle deve ficar fora e pensar no próximo ciclo olímpico. Jogo para isso tem.
Quinze nomes, 12 vagas. Trabalho difícil, mas qual caminho para uma conquista olímpica não é?
Olimpíadas chegando.
Rumo a Tóquio agora.