Alvaro José

COI usa amostras de 2008 e 2012 para combater o doping no Rio

É a velha história da lei sempre correndo atrás do bandido. Crimes e burlas sempre aparecem antes que a lei ou, nesse caso, a tecnologia permita pegar os “espertinhos” que se julgam acima de tudo e todos.

Ao anunciar que utilizando amostras de Pequim 2008 com as técnicas atuais, o presidente do COI Thomaz Bach informou que, até agora foram apanhados 31 atletas de seis modalidades em condição de doping. O recado está dado aos que pretendem vir ao Rio: a luta contra o doping está firme e ativa.

O caso do doping institucional russo serviu para uma reação forte e contundente do COI e da WADA, mas é impossível negar que o estrago dos Jogos de Inverno em Sochi, do atletismo russo e do meldonium (medicamento que ajuda na circulação de sangue) estava feito. Cada vez que um caso de doping de impacto acontece, todo o esporte sofre. Danos imediatos à imagem e, a partir daí, patrocinadores se retraem, o noticiário fica pesado e tudo aquilo que é vendido pelo esporte cai por terra.

Saúde não combina com doping, muito ao contrário e a luta do COI para coibir o uso de substâncias proibidas conhecidas ou não, mas que aumentam de alguma forma o desempenho de atletas tornando a competição desleal é fundamental para preservar os valores do esporte e da sua maior expressão: os Jogos Olímpicos.

A ofensiva com Comitê Olímpico Internacional com novos testes nas amostras de Pequim não vai ficar por aí. O próximo passo será com o estoque nas amostras dos Jogos de Londres realizados em 2012. A ideia é impedir quem algum “trapaceiro” como disse Bach, venha competir no Rio. Como as amostras ficam guardadas por dez anos, a possibilidade de pegar casos passados de doping com a qualidade dos testes hoje disponíveis é enorme, portanto os adeptos das “bombas” estão nas cordas.

O legado tóxico dos maus exemplos estão armazenados e à disposição do COI, portanto, este importante round da luta contra o doping o esporte está vencendo. Provavelmente veremos medalhistas serem destituídos de suas injustas conquistas e atletas que competiram limpos serem conduzidos a seus lugares de direito.

Falando nisso e a medalha do Brasil no revezamento 4×100 em Sydney como é que fica?

Redação Esporte

Um dos maiores especialistas em esportes olímpicos, narrador e comentarista esportivo.

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Álvaro José

De Moscou em 1980 à Londres em 2012. Álvaro José, que já cobriu nove olimpíadas, volta à Band para integrar a equipe da emissora no Rio 2016. Professor de história, Álvaro é reconhecido por seu profundo conhecimento dos jogos e pela memória certeira que aparece durante as transmissões em forma de dados, nomes e marcas de recordes.

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