Agora acabou de verdade. Os Jogos Olímpicos do Rio são passado. A primeira Olimpíada realizada na América do Sul foi um sucesso – e que sucesso. Da primeira medalha de ouro na solenidade de abertura até a chuva apagar a Pira Olímpica. Emoção pura.
Na minha décima cobertura olímpica o que não faltou foi emoção. Desde a primeira medalha do Felipe Wu no tiro até o vôlei masculino levar sua terceira medalha de ouro. Ver um raio de ouro que caiu nove vezes e o maior medalhista da história olímpica saírem da cena olímpica. Tudo isso aconteceu aqui no Rio que, mais uma vez, encantou o mundo.
Hoje andando pelo Parque Olímpico da Barra encontro ninguém menos que Lang Ping, técnica campeã olímpica de voleibol feminino com a seleção chinesa e campeã olímpica como jogadora em Los Angeles 84. Me identifico e ela gentilmente me cede seu tempo e conversamos um pouco. Ela diz que o ponto de crescimento da China foi a virada contra o Brasil, da mesma forma que no masculino foi nossa vitória contra a França. Ela foi a única treinadora a comandar uma seleção feminina no vôlei. E fez toda a diferença. Nos despedimos e cada segue seu caminho.
Ainda tem movimento por aqui. Muita gente vai pegar a loucura do aeroporto e é duro imaginar chegar seis horas antes do embarque. Nesse tempo dá para chegar com folga em Sampa de carro, mas todo final de Jogos Olímpicos é um enorme gargalo de aeroporto. Por conta disso sempre fico uns dias a mais.
Hora de agradecer. Agradecer ao Rio que encantou o mundo. À Band que me proporcionou estar aqui e a meus amigos e companheiros de microfone, retaguarda e direção que me deram o privilégio de fazer um bom trabalho.
Da abertura com a Ana Paula e o Boechat ao encerramento com Ana Paula e Renata Fan, no atletismo com André Domingos hoje comentarista e brilhante atleta, vencedor da prata em Sydney no 4×100 que deveria ser ouro já que um dos americanos estava dopado. Dopado estou eu de felicidade e com a certeza de que os Jogos Olímpicos do Rio não terminaram.
Eles apenas saíram do plano físico para nossas mentes e corações. Muitos feitos irão durar para sempre, outros quando Tokio 2020 chegar vão passar, mas a história olímpica sempre vai falar do Rio 2016 e de nossos corações ele nunca vai sair.
Nostalgia boa. Acho que vou caminhar por aqui mais um pouco…
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