Alvaro José

A vida passa rápido

Esse título é uma grande verdade. E a vida de Usain Bolt passa mais veloz ainda. Simplesmente, oito campeões nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016 marcaram presença em Ostrava, na Republica Tcheca, no Meeting da IAAF (Federação Internacional de Atletismo).

Com a proximidade do final da participação do maior velocista de todos os tempos, em competições oficiais, os eventos em que o jamaicano Bolt toma parte assumem uma atmosfera especial. Eles trazem um ar de nostalgia, a mesma sensação quando se aproximava o último jogo de Pelé. A pergunta que todos intimamente fazem é se haverá, um dia, alguém como ele. Difícil, muito difícil.

Na pista, Bolt venceu a prova dos 100 metros com o tempo de 10.06 segundos – com Yunier Perez, de Cuba, em segundo, com 10,09, e Jak Havey da Turquia, em terceiro, com a marca de 10,26 segundos. Entre os oito competidores, a diferença não chegou a meio segundo. Todo mundo queria sair bem na foto. Literalmente.

Além de Bolt, os campeões olímpicos Mo Farrah (nos dez mil metros), Christian Taylor (no salto triplo), Thomas Rohler (do dardo) e Anita Wlodarczyk (no arremesso do martelo) venceram suas provas. Além deles, Wayne Van Niekerk, ouro nos 400 metros rasos no Rio, venceu nos 300 metros. Dos oito medalhistas de ouro na Olimpíada de 2016, apenas David Rudisha, que venceu os 800 metros rasos e correu os mil metros em Ostrava, ficou em quarto. Conseslus Kipruto não correu os 3000 metros steeplechase.

O estádio lotado e a linda homenagem no final emocionaram. Numa vida que passa muito rápido, felizmente as lembranças são momentos emocionantes, duradouros e inesquecíveis. O movimento calistênico, tal qual o encerramento dos Jogos de Moscou (1980), com os espectadores formando a bandeira da Jamaica e agradecendo, foram de chorar de emoção.

Ainda tinha mais. E nada mais adequado que tocar “simply the best”. Bolt, mais do que conectado com a homenagem, dançou para a torcida, dançou para todo o mundo.

Ele e a vida passam muito rápido, mas a emoção de seus feitos são marcas históricas, do limite do homem que dificilmente serão superadas um dia…

Redação Esporte

Um dos maiores especialistas em esportes olímpicos, narrador e comentarista esportivo.

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Álvaro José

De Moscou em 1980 à Londres em 2012. Álvaro José, que já cobriu nove olimpíadas, volta à Band para integrar a equipe da emissora no Rio 2016. Professor de história, Álvaro é reconhecido por seu profundo conhecimento dos jogos e pela memória certeira que aparece durante as transmissões em forma de dados, nomes e marcas de recordes.

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