Alvaro José

Dois anos, ou 730 dias. É isso que falta para o início dos Jogos Olímpicos em Tóquio, que já teve o privilégio de receber o evento em 1964. Cinqüenta e seis anos depois o Japão irá mostrar ao mundo a Olimpíada da Modernidade e, certamente, deixará um grande legado para o esporte, para o Japão e todo o mundo.

Na primeira vez forma incluídos no programa olímpico o judô, o vôlei e o pentatlo feminino. Nas duas primeiras o Brasil conquistou muitas de suas medalhas – 22 no judô, sendo quatro ouros, três pratas e 15 bronzes; no vôlei de quadra, quatro ouros, três pratas e dois bronzes, e no pentatlo feminino Yane Marques conquistou o bronze. Para o Brasil, o legado dos esportes que se apresentaram em Tóquio 64 pela primeira vez é fundamental para a posição do país no cenário olímpico mundial.

Agora, com várias modalidades novas – focadas em uma nova geração de esportistas e consumidores – os Jogos de Tóquio podem proporcionar ao Brasil novo legado de conquistas, já que em dois esportes estreantes as possibilidades de medalhas são bastante sólidas. Surfe e skate terão atletas nas duas categorias que hoje estão muito bem posicionados no ranking mundial. Isso possibilita acreditar numa melhoria de desempenho com relação à posição geral conquista na Rio 2016. Vale lembrar que até hoje apenas a Grã-Bretanha melhorou seu desempenho após sediar uma edição dos Jogos Olímpicos. Isso também no Rio, após sediarem a Olimpíada de 2012.

Se nas pistas, quadras, piscinas e estádios haverá uma mescla de modernidade e legado de 64, já que algumas instalações da primeira Olimpíada no Japão serão utilizadas, na comunicação entraremos a passos largos no futuro. São apenas dois anos, mas os meios serão muito mais ágeis, e todos teremos a Olimpíada na palma da mão. Tóquio 2020 estará em todos os lugares do planeta. Daqui a exatos 730 dias…