Com a desistência oficial de Budapeste à candidatura de cidade sede aos Jogos Olímpicos de 2024, a pouco mais de sete meses da decisão do COI, o maior evento esportivo do mundo está em xeque.
Não na sua realização ou importância, mas na aceitação popular. O mundo de exigências, gastos, investimentos que por vezes viram legados e em outras se transformam em elefantes de todas as cores que viram uma grande manada.
Budapeste já era a cidade com menor chance. Afinal, considerar que um país que fez muro, grades e impede o fluxo de imigrantes por seu território, mesmo não sendo ele o destino final, ficava numa situação de muita saia justa para sediar algo que, acima de tudo, significa a integração entre os povos.
A primeira desistência foi de Roma. Com a mudança da governança da cidade, o apoio foi retirado. E sem apoio municipal é impossível realizar os Jogos. Em Budapeste foi realizado um referendo com 250 mil assinaturas pedindo a desistência, mas ele não chegou a ser analisado pelos parlamentares. O que pesou mesmo foram as imagens do Rio de Janeiro com as instalações naquele estado de abandono, principalmente o Maracanã.
Para os gringos foi difícil entender como o país do futebol deixou aquele que foi o maior estádio do mundo chegar nesse estado e não adianta o jogo de empurra (modalidade não olímpica). As imagens, nesse caso, valem por milhões de palavras e chocam em escala global.
O COI tem agora mais um abacaxi, por mais que diga que não é dele, que é o legado dos Jogos de 2016 para o Rio e para o Brasil. Não dá para varrer tudo aquilo para baixo do tapete. Para baixar a tendência de alta nas desistências das cidades candidatas, o COI terá de entrar em campo para ajudar na questão. Não estranharia se Thomaz Bach já tiver criado algum grupo de trabalho para debruçar nisso.
Para 2024 sobraram Paris e Los Angeles. Se em tempos de Obama a cidade americana era a favorita, neste momento Paris é que leva vantagem, mas também por lá a política pode mudar com relação a imigrantes, integração europeia e outras coisas.
Do jeito que vai o mundo, daqui a pouco os Jogos Olímpicos repetirão seus primórdios na Era Antiga, quando eram realizados parando guerras e conflitos entre os povos.
Quanto à escolha das cidades sede, veremos menos custos, maior utilização de instalações já existentes, menos suntuosidade e mais resultados nas quadras, piscinas e pistas onde os verdadeiros donos do espetáculo, os atletas, brilham. Instalações são apenas picadeiros que, sem os artistas competentes e com os palhaços fazendo das suas fora de nossas vistas, se transformam em piadas caríssimas e de péssimo gosto.
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