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Qual o futuro do vôlei campeão olímpico?

Seleção não chegará a Tóquio. E o técnico Bernardinho ainda não respondeu se fica ou não no comando da seleção brasileira.

Segundo o treinador bicampeão olímpico, a decisão não é fácil, nem rápida, já que envolve quatro anos de trabalho e de vida. Portanto, calma nessa hora, é o que diz o comandante da seleção brasileira que, nas últimas quatro edições dos Jogos Olímpicos, fez quatro finais com dois ouros e duas pratas.

A preocupação com o trabalho é enorme, e o interesse em saber o que a Confederação Brasileira de Vôlei planeja para o futuro pode ser determinante para a escolha de caminho do técnico, já que, de acordo com seu ponto de vista, as dificuldades para o próximo ciclo serão imensas, pois o trabalho na base não foi feito com a intensidade anterior.

Hoje no Brasil não existe mais uma fábrica de talentos como era o Banespa. Num ciclo contínuo, que se iniciou ainda nos anos 80, gerações de grandes nomes do vôlei passaram por lá. Renovação constante e uma filosofia de longo prazo fizeram com que desde essa época, jogadores saídos do Banespa sempre estivessem nas seleções brasileiras de base e na principal também.

Agora os resultados de base e projetos de formação de atletas são de dimensões menores e haverá um hiato a cobrir. Então a leitura de Bernardinho é como sempre precisa sobre a questão da dificuldade que será encontrada para o time que estará no Japão em 2020.

O que pode parecer um atraso no início do trabalho do voleibol campeão olímpico no Rio é, na verdade, uma tomada de decisão para, segundo o técnico, não haver arrependimento depois, já que o trabalho será pra lá de intenso. Tamanha dedicação não pode deixar lugar a dúvidas de qualquer ordem.

Alguns projetos novos estão em marcha na questão de formação de jogadores, mas isso não irá atingir no volume necessário os próximos Jogos Olímpicos. Para 2024 é possível que novas fábricas de talentos já estejam despejando seus craques na seleção brasileira e nas principais equipes daqui e do mundo, mas isso ainda está longe.

Agora é torcer pela decisão de Bernardinho e muito foco em Tóquio 2020.

Redação Esporte

Um dos maiores especialistas em esportes olímpicos, narrador e comentarista esportivo.

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