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Rio 2016. Brasil também foi ouro em marketing

                                                                                    Marcos Brindicci/Reuters

Além das águas, campos, quadras, areias, pistas, tatames. Também não foi no estande de tiro, onde Felipe Wu conquistou a primeira medalha dos Brasil nos Jogos, mas foi bem na mosca e foi de ouro.

“A Olimpíada é a melhor agência de propaganda que uma cidade pode ter”. A frase é do craque Washington Olivetto, um dos maiores publicitários do país. Não existe nada melhor que o maior evento do mundo para movimentar a atenção de todo o planeta e as marcas a ele ligadas.

No princípio a coisa estava tímida por conta da situação, da possibilidade das coisas não darem certo o que acabou gerando uma excessiva cautela. Quem se arriscou e entrou de cabeça se deu muito bem e ficou no topo do pódio com relação à conquista de corações e mentes. E, na maioria dos casos, foram empresas brasileiras.

Sim, isso mesmo. Os patrocinadores locais ativaram muito mais que os globais, na questão experiências, interação e ainda irão ganhar muito com isso. O Boulevard Olímpico gerou um polo fora da zona de competição que era acessível a todos que estavam no Rio e permitiu a muitos que não tinham ingressos, participassem das emoções olímpicas multiplicando o potencial do evento. Pela primeira vez isso foi feito e o legado começou ali, ainda durante os Jogos.

A sacada também do time de Olivetto foi a criação da marca BRA para o Bradesco que durante os Jogos Olímpicos e agora com os Paraolímpicos se confunde com o país. É de uma simplicidade criativa absolutamente genial que, com toda certeza, está deixando o pessoal do banco com sorriso de orelha a orelha.

Também foi a Olimpíada como o maior numero de horas na televisão. Não só aqui no Brasil. O recorde é mundial e, mais horas na tevê, mais Brasil mundo afora. Também foram os Jogos da interatividade. Os celulares foram tão protagonistas quanto os atletas e nas solenidades de abertura e encerramento tiveram papel fundamental com seus flashes. Também eram ferramentas de informação para saber o que acontecia em outros locais de competição, equipamento básico de todos os jornalistas e torcedores. Isso bem demonstra como será Tóquio 2020. Será a Olimpíada do telefone. Ali que a maioria das pessoas, no mundo todo, irá assistir e participar dos jogos. Pouca interatividade à vista né?

Ótimo saber, que mesmo depois das competições dos Jogos Olímpicos haverem terminado, o Brasil segue ganhando ouro…

Redação Esporte

Um dos maiores especialistas em esportes olímpicos, narrador e comentarista esportivo.

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Redação Esporte

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