Roma, sede dos Jogos Olímpicos de 1960, saiu da disputa para sediar a Olimpíada de 2024. A prefeita da cidade italiana declarou que Roma tem outras prioridades e retirou o apoio à candidatura, indo na direção contrária do chefe de governo italiano, o primeiro ministro Matteo Renzi, um entusiasta da ideia.
Eleita em junho, Virginia Raggi (foto) já havia dado sinais que não apoiaria a candidatura, pois o “sonho pode se transformar num pesadelo”. O presidente do Comitê Olímpico Italiano, Giovanni Malago, já havia declarado que sem o apoio da prefeitura a candidatura seria retirada.
Com a saída da capital italiana, sobram quatro concorrentes. Los Angeles, Paris e Budapeste vão esperar até setembro do ano que vem para saber quem vai receber os Jogos depois de Tóquio 2020.
A cidade americana, sede em 1932 e 1984, larga na frente entre as três pela identificação cada vez maior do americano com o esporte. Mas, com as eleições chegando, prioridades podem mudar e os Estados Unidos, que perderam para o Brasil os Jogos de 2016, também podem tirar o pé do acelerador.
Paris recebeu a Olimpíada em 1900 e 1924 e também quer o tri. A favor, a cidade tem como grande diferencial ser praticamente uma capital do mundo tal qual Nova York, que não é candidata. Também haverá eleições em breve e aí acaba ficando na mesma situação de Los Angeles. Segurança será a questão principal para a candidatura parisiense.
Budapeste quer sediar os Jogos e chegou à disputa entre as quatro finalistas. Com a saída de Roma, alguns votos a mais devem pingar na urna húngara, mas dificilmente serão suficientes para levá-la ao turno final. Na recente questão dos refugiados da Síria e Iraque, foi o país europeu que mais dificultou o trânsito, erguendo muros e levantando grades para impedir sua passagem. Como os Jogos celebram a inclusão e união dos povos, a própria Hungria se colocou fora da disputa, infelizmente.
Fazer uma Olimpíada depois dos Jogos do Rio e de Tóquio não será nada fácil. Por aqui, a criatividade e o calor humano impressionaram o mundo. No Japão, o foco na modernidade e tecnologia no desafio de superar metas foi a tônica dos pequenos shows mostrados no encerramento da Olimpíada e também da Paraolimpíada. Los Angeles, Paris e Budapeste têm uma dura missão pela frente.
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