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Vôlei: Brasil onze vezes campeão

Jogadoras do Brasil comemoram título

Num esporte onde o time tem doze atletas, conquistar o título de campeão por onze vezes não é para qualquer um. Principalmente num ano de Olimpíada. Esse é o mais novo feito da seleção brasileira de vôlei.

As meninas comandadas por Zé Roberto mostraram um preparo excelente e, mesmo não iniciando bem a fase final da competição, conquistaram com muito mérito o título numa final empolgante com os EUA devolvendo a derrota sofrida na final do Mundial do ano passado pelo mesmo placar de 3×2.

Muitas vezes técnicos optam, nos anos de Jogos Olímpicos, por utilizar as competições precedentes para treinar e preparar parte de seu grupo e esconder jogadoras, jogadas e o real potencial de suas equipes para surpreender mais adiante, no evento maior, dizendo que se valeram dos torneios anteriores para estudar os adversários e fazer testes em seus times.

Zé Roberto e Karch Kiraly fizeram a escolha de ir com tudo e mostrar o melhor que seus times podiam neste momento. Com pouco mais de 20 dias para o início dos Jogos Olímpicos, para os dois valeu a velha máxima do folclore do futebol: “quem muito esconde o jogo acaba não achando quando precisa”. As seleções do Brasil e EUA foram muito superiores às rivais e mostraram que estão entre as favoritas ao lugar mais alto do pódio. Qualquer coisa fora disso será uma enorme surpresa.

O fato do Brasil terminar o Grand Prix jogando muito não afastou Zé Roberto das experiências com o grupo. Revezou Camila Brait e Léia na função de líbero e conseguiu uma excelente dor de cabeça. Ambas jogaram demais então formar o grupo das doze ficou ainda mais difícil. Adenízia foi testada como oposta já que Tandara se machucou deixando como única na função a titular Sheilla. Gabi também foi testada, mas não foi bem por ali.

A jovem levantadora Roberta, que tem mostrado muita capacidade nas últimas edições da Superliga, parece que sentiu a responsabilidade e alternou bons e maus momentos, criando dificuldades na inversão do 5 x 1. Isso é um ponto fundamental na estratégia de jogo. Fabíola, que foi mãe recentemente, segue treinando em Saquarema e amamentando a filhota, na luta para buscar a vaga de segunda levantadora da equipe que vai defender o bicampeonato olímpico. Cortada às vésperas de Londres em 2012, está na luta para entrar no grupo e lutar pela medalha.

Depois da conquista, Zé comemorou, mas comedido como sempre afirmou que ainda há muita coisa a melhorar a começar do passe que foi fraco no primeiro set da final o que facilitou a trabalho das americanas. Disse ainda que quer sua equipe fazendo mais pontos de bloqueio e com um saque melhor.

Único técnico campeão olímpico no masculino e no feminino, Zé Roberto sabe que os Jogos do Rio significam um desafio ainda maior. O de vencer em casa. Vencer além dos adversários, a pressão de jogar em casa, o oba-oba que muitos sempre tentam incutir sobre o favoritismo do já ganhou e blindar a equipe das possíveis distrações de competir em casa no maior evento de todos os tempos realizado no Brasil. Um caminho quase tão difícil quanto o de preparar seu grupo que segundo todos adversários é o time a ser batido.

Redação Esporte

Um dos maiores especialistas em esportes olímpicos, narrador e comentarista esportivo.

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  • Artigo muito esclarecedor, porém só quem sofre desse mal é que sabe como é ruim e como você se sente literalmente um lixo.
    Eu sofria com isso e percebi logo no início da minha vida sexual, e então a partir do momento que isso era vergonhoso para mim, fui atras de um tratamento, e hoje tenho um canal no youtube onde falo sobre como consegui me livrar desse mal que afeta tantos homens..
    Entra lá e dê uma olhada.. https://youtu.be/QHbXKxduf9Y

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