Depois de doze anos da vitória em Atenas, o vôlei masculino brasileiro conquistou sua terceira medalha de ouro. Curiosamente, também doze anos antes dos Jogos Olímpicos na Grécia o Brasil havia conquistado o lugar mais alto do pódio, pela primeira vez, em Barcelona.
Na trajetória dos três ouros, Zé Roberto dirigiu o time pela primeira vez e Bernardinho as outras duas. Nesse tempo também levou sua equipe a quatro finais consecutivas, tendo também duas medalhas de prata em seu portfólio. Se estendermos o trabalho do técnico para o período em que esteve no feminino suas equipes estão no pódio desde 96 em Atlanta. São vinte anos de pódio, um feito raríssimo que mostra a excelência de seu trabalho e do vôlei brasileiro.
Na quadra a melhor qualidade do Brasil foi a raça. Tivemos partidas em que o bloqueio foi o destaque, outras o ataque, também partidas onde passe e defesa fizeram a diferença para que os levantadores Bruno e William distribuíssem bolas que deixaram os adversários sem ação. Na final a u8nião e a raça, presentes em toda a partida levaram o time a fazer um 3×0 histórico na Itália e conquistar o ouro.
Trajetória sofrida. Lesões, antes e durante a competição limitaram estratégias e opções de Bernardinho que, por vezes, teve de atuar mais como um mestre do xadrez para seguir em frente.
A dramática vitória contra a França por 3×2 que levou o Brasil às quartas de final foi a partida mais difícil dos Jogos Olímpicos. Ali foi o momento decisivo desse grupo. Depois a chance de devolver aos russos a derrota na final de Londres foi outro ponto importante na trajetória dos agora campeões olímpicos.
Apesar da derrota para os italianos na fase classificatória, foram eles que sentiram a pressão. Tentando um saque suicida como receita para quebrar o passe do Brasil os italianos apostaram na receita que havia funcionado duas vezes. Na final da Liga Mundial quando a Sérvia ganhou assim e na própria vitória italiana na fase inicial da competição. Não funcionou.
Mesmo não começando bem, o Brasil contou até o meio do primeiro set com os erros italianos para ficar junto no placar e quando entrou no jogo abriu e fechou a parcial. A partir daí comandou o jogo e foi a Itália que dependia dos maus momentos do Brasil para equilibrar e eles foram cada vez mais raros.
Na festa depois da vitória, a lembrança a Murilo que lesionado ficou fora do grupo na reta final e o Maracanãzinho alucinado em festa gritando “o campeão voltou”. Voltou e muito bem.
A aposentadoria de Serginho da seleção brasileira após a conquista também foi emocionante. Ele foi brilhante nos jogos ficando por vezes sobrecarregado na função no fundo de quadra e defesa com as lesões de Lucarelli e Lipe que fazem com ele a linha de passe brasileira.
O vôlei teve um grande desempenho no Rio. O masculino foi ouro na quadra e na praia. O feminino foi prata na praia e o feminino perdeu na quadra para as chinesas que foram as campeãs. O Brasil é o país do vôlei.
Agora é festa e amanhã começa a se pensar em Tokio 2020 já que muitos atletas que estiveram na jornada olímpica carioca não estão no Japão.
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