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Vôlei Feminino dá o primeiro passo rumo ao pódio

Como dizia mestre Didi, craque da Copa 58: treino é treino, jogo é jogo. Essa máxima que vem dos anos 50 e 60 valeu bem para este primeiro final de semana do Grand Prix, já que Zé Roberto conforme declarou está utilizando a competição com treinamento para os Jogos Olímpicos.

Itália, Japão e Sérvia. O Brasil termina seu primeiro final de semana com nove sets a favor e apenas um perdido contra a Itália. Depois de um início que valeu um puxão de orelhas do treinador, as brasileiras atropelaram as adversárias possibilitando uma melhor analise do grupo brasileiro, bem como das jogadoras que estiveram por aqui.

Itália, Japão e Sérvia estão classificadas para os jogos. O Japão está no grupo do Brasil que também terá a Rússia, Coréia do Sul, Argentina e Camarões. Itália e Sérvia estão na outra chave com EUA, China, Holanda e Porto Rico.

Um torneio desse nível como treino de luxo permite a todos os técnicos avaliar seus grupos e pesar as escolhas que terão de fazer para escolher apenas as doze integrantes de seus times para os Jogos. Sim, nas Olimpíadas ainda são apenas doze as atletas integrantes de cada seleção. Coisa antiga, mas é a tradição que manda. Da mesma forma com a medalha para técnico. Ela, simplesmente, não existe. Apenas os atletas são laureados. Zé Roberto, tricampeão olímpico e único técnico campeão no masculino (1992 Barcelona) e no feminino (2008 Pequim e 2012 Londres) tem suas medalhas, idênticas às do COI, mas feitas por encomenda da CBV.

Fechar o grupo e fazer os últimos cortes é tarefa das mais difíceis para a comissão técnica já que, normalmente as competições permitem a inscrição de 14 ou 16 atletas então sempre existe um rodízio, alguém no departamento médico e por aí vai.

Neste final de semana a meio de rede Carol foi cortada. Com problemas no tornozelo e nas costas não teria tempo de voltar e ficar em forma para os jogos. A briga para a posição tem Adenízia e Juciely caso Zé opte por levar apenas três jogadoras para a posição, ou está resolvida se ele quiser ficar com as quatro. Inclusive no jogo com a Sérvia Adenízia jogou um pouco na saída de rede. Contra o Japão atuou muito bem no meio, da mesma forma que Juciely contra a Itália.

Thaisa e Fabiana são titulares absolutas e estão entre as melhores do mundo na posição. O Brasil é uma equipe totalmente diferente quando estão em quadra. A briga para jogar ali é feroz.

Como muito bem define Zé Roberto: Olimpíada é momento. Quem estiver melhor vai, quem der mais segurança, mais estabilidade ao time vai. Isso, na quadra pode fazer toda a diferença.

Final de semana que vem o Brasil vai para Macau e pega, além das chinesas, novamente a Sérvia e a Bélgica.

Quanto a Carol se é uma certeza ela fora do Rio é praticamente outra certeza ela em Tokio 2020. Tem idade e volei para isso.

Redação Esporte

Um dos maiores especialistas em esportes olímpicos, narrador e comentarista esportivo.

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