A nova decisão da FIFA de reconhecer apenas os campeões mundiais interclubes de futebol a partir de 2000 é digna de palavra parecidíssima com o sobrenome de seu atual presidente: infantil. Não reconhecer o que aconteceu antes remete o futebol a uma inquisição: nada vale antes da FIFA. Parece até que ela criou o futebol.
Coisa semelhante aconteceu com o futebol de salão que tinha sua própria entidade mundial, a FIFUSA. Tratado por anos como o primo pobre do futebol, quando ganhou o mundo e a exposição, mais que rapidinho a FIFA tratou de assumi-lo como parte do futebol. A mesma coisa aconteceu com o futebol de areia que saiu das praias do Rio para o mundo e hoje é um genuíno produto suíço. Tudo portfólio genuinamente suíço. Lembra o caso do gringo que registrou a palavra açaí e queria ser dono do nome da fruta brasileira mundo afora.
O samba de ossanha no futebol num verdadeiro vai, vai, não vou é a nova marca da entidade máxima do futebol como diziam os antigos. Não, a FIFA não inventou o futebol, apenas o organiza e como dizia seu ex-presidente, o jogador de polo aquático conhecido como o Joãozinho que virou o todo poderoso cartola Jean Marie Faustin Godefroid d’Havellange que se orgulhava que a FIFA possuía um numero maior de filiados que a ONU.
O reconhecimento das entidades que regem o esporte mundial por iniciativas que movem o esporte, o modernizam gerando outras modalidades e um público cada vez maior não passam desapercebidas por federação internacional alguma. Todas estão de olho no que podem chamar de “novos produtos”. Adaptações, mudanças de regras para ganhar a chancela oficial possibilita uma ofensiva gigante sobre patrocinadores, alguns até conflitantes com os que já estão no esporte. Tudo isso apenas para ganhar mais. Econômica e politicamente. O mundial de clubes de futebol é apenas uma delas.
Alguém já se perguntou por que razão a FIFA determinou que o maior do mundo tinha de encolher? Por que o Maracanã ficou pequeno? O título de maior estádio do mundo incomodava? Quem? Por quê?
Num mundo cada vez mais globalizado, mesmo com interesses estranhos ali e acolá o esporte lança uma bandeira de paz. O Santos já campeão mundial parou uma guerra na África para que pudessem assistir a Pelé e cia. Depois do terremoto do Haiti a seleção brasileira fez o chamado jogo da paz por lá seguindo o exemplo. O então vice-presidente da FIFA Jack Warner é acusado de um desvio de 750 mil dólares em doações. O dinheiro foi depositado pela FIFA em sua conta pessoal e, pasmem, chegaram apenas 5 mil dólares para a Federação do Haiti. Warner seguiu seu mandato na FIFA até 2011 sem problemas. Quem informou o desvio foi o FBI.
Diante disso tudo a FIFA merece uma gestão menos infantil e já que todos os clubes que ganharam o mundial antes da edição de 2000 tem seu valor. Todos eles, inclusive os vencedores ora reconhecidos como os únicos campeões mundiais são bem maiores que a entidade que rege o esporte. Só não são maiores que o próprio futebol. Esse é um título que nem Pelé consegue.
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