Categorias: Futebol americano

Futebol Americano: O esporte local que é global

Um futebol de goleiros? Afinal eles jogam mais com as mãos que utilizando os pés. Um esporte que mais parece uma briga em campo. Não vai pegar por aqui. É uma bobagem! O tempo mostrou que mais uma vez ele não estava certo.

Todas as frases acima não são minhas, mas foram ouvidas pelo Luciano do Valle quando ele colocou, de maneira pioneira, o futebol americano no Brasil. O que vimos no último final de semana foi a mostra que o esporte não pegou só por aqui. Pegou no mundo todo.

Com o intervalo mais caro da TV mundial, o Super Bowl é um grande espetáculo e na maior virada de todos os tempos e na única final com prorrogação da história da disputa, o time de Tom Brady brilhou – já que quando não está em campo é apenas o marido de Gisele Bundchen – o New England Patriots, venceu a equipe do Atlanta Falcons por 34 x28 após estar perdendo por 28 a 3. Um show!

Um espetáculo que se estendeu muito além do campo, já que no futebol onde não existe empate, todas as cotas de transmissão aqui foram vendidas num momento onde o dinheiro de anunciantes está raro. Alguns deles até ficaram de fora, pois não havia espaço para todas as marcas. Definição de sucesso financeiro é isso aí.

Quando Pelé foi jogar futebol nos Estados Unidos foi recebido por Gerald Ford na Casa Branca. O então presidente dos EUA tinha um relatório de Henry Kissinger, um fanático por futebol e também interessado na questão de ser o esporte mais praticado no mundo, informando que seria possível que em pouco tempo os americanos tivessem uma equipe competitiva, o que não aconteceu até hoje.

Com o início do futebol por lá, o empate era um grande problema. Nada, nenhum esporte por lá praticado empata. Como solução inventaram um lance muito estranho: para desempatar o jogo, ao invés de gol de ouro ou pênaltis nada como inventar uma saída americana! Depois de um sorteio um atacante ia em direção ao goleiro num duelo um a um. Essa era a forma de desempate.

Quem acabou com essa regra foi o capita Carlos Alberto Torres quando jogou no país no New York Cosmos com Pelé e Beckenbauer. Ele saiu com a bola em direção ao gol e quando o goleiro adversário começou a se adiantar para fechar o ângulo levou um lençol de longe. A partir dali todo mundo começou a usar a estratégia e a regra mudou.

Voltando ao futebol americano, alguém aí sabe de algum negócio, ainda que de oportunidade, onde sobra dinheiro e patrocinadores? Pois é, isso só tem nesse esporte e quem trouxe isso para cá foi ele: Luciano do Valle. Com ele o esporte sempre ganhou e também nunca viu empate.

Redação Esporte

Um dos maiores especialistas em esportes olímpicos, narrador e comentarista esportivo.

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